segunda-feira, 29 de março de 2010

Sonho de voar...

“Voar é um milagre. Que o digam os dois terços dos seres vivos aos quais a vontade divina concedeu tão abençoada graça. Por isso, considero todos eles os grandes rebentos dos céus.

Há quem veja no aviador um ser heróico. Pois eu vos digo do alto do meu ultraleve: nem heróico, nem épico. O homem que voa é, sobretudo, um ser utópico. Um ser místico.

Voa borboleta - asas de vitrais ao seu vôo soluçante.
Voa galinha - não sei bem pra que puro assanhamento.
Voa bem-te-vi – benza-te Deus!
Voa garça, branca, leve - branca de neve.
Voa andorinha - prenda minha.
Voa urubu, luto fechado, teu planeio te redime.
O mosquito, bichinho à toa - também voa.
O vaga-lume também voa - vaga luz, navegando pela noite sua noite intermitente.
Voa o morcego - nunca vi asas tão vis.
Voa coruja - rasante maldição da meia-noite.
A gaivota voa - como invejo a tua dócil geometria!
Até o besouro... o besouro também voa, rastejando pelo espaço sua penosa aerodinâmica.

Graças à imaginação, o homem acabaria contemplando com o Dom de voar. Um dia, alguém me perguntou por que gosto tanto de voar. Devaneio puro.

Quem voa, sobrevoa.
Quem voa, sobreleva.
Quem voa é cúmplice dos ventos.
Quem voa perpassa o arco-íris.
Quem voa reparte com os anjos a castidade azul do céu.
Quem voa sabe que nuvem tem coração de mulher: beija e balança.
Quem voa sente o perfume da rosa dos ventos.
Quem voa contempla, de perto, o instante em que o sol se cala.
Quem voa, quando pousa, está voltando da eternidade.
Só quem voa descobre o tamanho de Deus.”

“Troco duas pernas em bom estado de conservação por duas asas bem voadas.”

(Armando Nogueira - *14 /01/1927 + 29/03/2010, jornalista, poeta, aviador, cronista esportivo)

segunda-feira, 8 de março de 2010

FELIZ dia Internacional da Mulher...

Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.

Ás vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.

Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:

Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.

(Soneto 17 – William Shakespeare)

quarta-feira, 3 de março de 2010

FW: Para o Pará!

Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir.

Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris.

Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se, principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas.

Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se. Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente!

Pensava Pedro Paulo...

- Preciso partir para Portugal por que pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. Paris! Paris! proferiu Pedro Paulo. - Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir.

Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu:

- Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias?

- Papai, - proferiu Pedro Paulo - pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.

Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus.

Partiram pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo.

Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo, pereceu pintando...

Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, pronto: Pararei!


PS: Minha Professora de MTK de serviços q me perdoe, mas:
- PQP Professora, mas 7P's, são P's Pra Porra!!!